terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O PODER DA SIMPLICIDADE

Neste exato momento, estou voando de Aracaju para São Paulo e depois para Porto Alegre. Não sei por que, mas me deu uma vontade muito grande de escrever. Então, liguei meu computador e comecei.
Fiz isso porque acho que, nessas horas, devemos dar atenção ao nosso inconsciente, deixar que se manifeste e coloque para fora a sua vontade. Fico imaginando o que fazem essas pessoas nesse avião. Quais são suas profissões, quais os seus pensamentos, suas angústias e incertezas, o que as move?
Estamos todos aqui sem que nos conheçamos e, talvez, nunca mais nos encontremos e, se nos reencontrarmos, não nos lembraremos mais deste momento. Todos temos nossa história, alguns chegarão ao seu destino e haverá alguém para esperá-los, outros talvez não. Seguirão sozinhos para casa ou para o trabalho.
Como é interessante a vida e como é engraçado ficar pensando sobre essas particularidades. Por acaso você nunca pensou sobre isso? Nunca sentiu curiosidade para saber? Nunca divagou em seus pensamentos?
Estou voltando de um trabalho realizado, no qual senti grande prazer ao conviver com pessoas muito simples, porém com um coração enorme. Por ser uma palestra para professores no interior do Estado da Bahia, o local em que ficamos não tinha grandes estruturas de hospedaria. O único lugar que existe é a pousada do Sr Givaldão. É Givaldão. Novamente, pude constatar uma certeza sobre a qual vivo falando em meus eventos. Muitas vezes é nos lugares mais inóspitos que estão as grandes surpresas, é nesses lugares, que encontramos pessoas muito simples, sem nenhuma preparação, sem nenhuma cerimônia, no entanto, com uma enorme vontade de atender e receber bem, com um coração fantástico.
Constantemente, devido às viagens e eventos, acabo freqüentando hotéis de luxo, mas neles não tive o privilégio de achar o que encontrei na pousada do seu Givaldão. Como seria interessante para as pessoas que trabalham nesses hotéis aprenderem um pouco com ele o que é atendimento. Como é colocar o coração à frente de qualquer regra preestabelecida.
As pessoas estão muito automatizadas, todas preocupadas em fazer o que tem que ser feito, sem se importarem e pensarem se aquilo que estão fazendo é realmente o melhor para todos. Quando deixamos de lado nossa intuição, nossos sentimentos, nossas emoções, para seguirmos regras, passamos a agir como pessoas desprovidas de qualquer sentimento, robotizamo-nos.
Voltando ao senhor da pousada, ele só sabia de uma coisa, tinha que ser gentil e buscou dentro do seu conhecimento, da sua simplicidade, dos seus valores, tudo o que precisava para atender a essa expectativa, sem seguir nenhuma cartilha sobre bom atendimento, ou seja, seguiu o seu coração, fez o simples, o básico e o fez com amor.

CRISE X MOTIVAÇÃO

Um otimista vê a possibilidade na calamidade, um pessimista vê a calamidade na oportunidade.
Winston Churchilll


Começo este artigo com essa citação para alertar a todos sobre o lado que irão escolher neste momento em que todos falam somente em crise. Os meios de comunicação alardeiam que estamos vivendo momentos de turbulência, baseando-se nos índices da economia brasileira.
Ouvindo isso, recordo-me de que, desde que me conheço por gente, ouço falar em crise. Isso acontecia em casa, nas reuniões de família, em bate-papos com amigos. Até pouco tempo atrás, meu sogro costumava dizer sempre que a crise estava feia. Isso me dá uma vantagem competitiva, pois analisando por esse aspecto, já sou doutorado nesse tipo de assunto. Você não?
Hoje em dia, quando escuto amigos falando sobre as bolsas em queda no mundo, sobre o problema no mercado imobiliário americano, sobre o preço das commodities agrícolas em queda, etc., pergunto-me se eles investem em ações, se têm casa no exterior, se plantam alguma coisa, mas a resposta sempre é não.
Bem, se existe gente que está apavorada sobre essa situação, com certeza, há outros que estão dando pulos de alegria, pois, certamente, demandarão recursos para comprarem o que está em queda e, consequentemente, ficarão muito ricos na medida que os mesmos voltarem a se valorizar.
As fortunas mudam, o dinheiro é volátil, ele vai e vem. O rico do passado pode ser o pobre de hoje e o pobre de hoje será o rico do futuro. As coisas são assim mesmo, as energias e a riqueza se deslocam de um lugar para o outro constantemente. A crise, neste momento, vai depender de que lado você está. Somos nós que escolhemos aproveitar as oportunidades surgidas e visualizá-las ou, simplesmente, acharmos que realmente as coisas estão difíceis e vão ficar pior ainda. Com certeza, neste exato momento deve ter muita gente criando estratégias para sair dessa muito melhor que a grande maioria.
A crise está dentro de cada um de nós e cabe somente a nós decidirmos o que vamos fazer com o que ouvimos. Isso justifica o início da nossa conversa. Crise para mim é sinônimo de mudança. Nesses momentos podemos questionar valores e crenças em que acreditamos e que talvez já não sirvam mais neste mundo de extremas volatilidades. Aproveitemos todos para pensar de que forma podemos fazer e ver as coisas, pois até então estávamos cegos. Mude, limpe a poeira, sacuda as amarras, quem sabe você vai se surpreender com o que vai aparecer e descobrir. É como diz o novo Presidente dos EUA Barack Obama.
“A mudança não virá se nós esperarmos por alguma pessoa, ou por algum momento. Nós somos quem estávamos procurando, nós somos a mudança que procuramos”